Range Rover Evoque entrega alma off-road em corpo futurista
- Evoque: "baby Range Rover" chega ao Brasil em novembro beirando os R$ 180 mil
Ingleses normalmente são orgulhosos e, para os padrões brasileiros, reservados. Tendo esse estereótipo em mente e considerando que a Land Rover é reconhecida como uma fabricante tradicional, causa estranhamento que o Range Rover Evoque seja produzido pela marca (agora sob controle indiano) na unidade de Halewood, em Liverpool, na Inglaterra.
A quebra de paradigmas começa pelo visual, que foge do padrão do qual a marca tanto se orgulha. Apresentado à imprensa brasileira pela Jaguar Land Rover nesta quarta-feira (17), em sua cidade natal, o carro choca pelas formas agressivas e futuristas. Musculoso, o Evoque lança mão de faróis afilados para intimidar, apesar das lanternas de visual complexo e tamanho pequeno.
Ainda no quesito aparência, as três versões do carro -- Pure (a mais convencional), Dynamic (com pegada mais esportiva) e Prestige (com um acabamento mais luxuoso) -- possuem visual distinto. Em vez de divergirem na quantidade de equipamentos e nível de acabamento, cada versão do crossover apresenta propostas distintas. Não há, portanto, um Evoque "pelado".
QUANDO VEM E POR QUANTO
O Evoque está previsto para estrear no Brasil em novembro, um mês após chegar às lojas da Europa. Na Inglaterra, o modelo partirá de 27.955 libras (cerca de R$ 74 mil) na versão diesel, câmbio manual e tração dianteira, que não será comercializada no Brasil por restrições à motorização.
O Evoque está previsto para estrear no Brasil em novembro, um mês após chegar às lojas da Europa. Na Inglaterra, o modelo partirá de 27.955 libras (cerca de R$ 74 mil) na versão diesel, câmbio manual e tração dianteira, que não será comercializada no Brasil por restrições à motorização.
Mesmo sem divulgar um preço exato para nosso mercado, Flávio Padovan, presidente da Jaguar Land Rover para a América do Sul e Caribe, deu pistas sobre o preço do carro. De acordo com o executivo, a versão mais barata do carro -- provavelmente a Pure de duas portas -- custará "menos de R$ 180 mil".
O executivo não mencionou quais serão os concorrentes do Evoque. A marca uso o argumento de total diferenciação do modelo dentro do próprio catálogo e também no mercado como um todo. Quanto ao público-alvo, o Evoque tem como missão principal atrair novos clientes. É de se supor, também, que o carro atraia o tipo de comprador, por exemplo, de carros como Mini Cooper e Audi A1, que passam uma imagem de modernidade e "descolamento".
ACABAMENTO DE PRIMEIRA
Talvez pela grande diferença visual, Land Rover insista na mensagem de que o Evoque é um legítimo produto da marca. E isso começa a ficar claro dentro no veículo. Além de "vestir" o motorista, a cabine do Evoque exala refinamento em cada canto. Materiais nobres, como couro e metais escovados, são usados à exaustão, ampliando a sensação de conforto e luxo.
O EVOQUE EM AÇÃO
URBANO?
O teste por cerca de 200 quilômetros pelo interior da Inglaterra e do País de Gales, contemplou trechos de asfalto, mas o destaque ficou para o trajeto em terrenos acidentado. Subidas de morro, lamaçais, pedras, trechos alagados e outras dificuldades foram superadas sem o menor esforço, mesmo com o carro equipado com pneus para uso no asfalto. É como se a Land Rover quisesse provar que o Range Rover Evoque faz parte da família, já que alguns trechos apresentavam alto grau de dificuldade e colocava à prova os modos do Terrain Response, que programa parâmetros do veículo, como regime de rotação das trocas de marchas, motor, suspensão e tração de acordo com o terreno.
O teste por cerca de 200 quilômetros pelo interior da Inglaterra e do País de Gales, contemplou trechos de asfalto, mas o destaque ficou para o trajeto em terrenos acidentado. Subidas de morro, lamaçais, pedras, trechos alagados e outras dificuldades foram superadas sem o menor esforço, mesmo com o carro equipado com pneus para uso no asfalto. É como se a Land Rover quisesse provar que o Range Rover Evoque faz parte da família, já que alguns trechos apresentavam alto grau de dificuldade e colocava à prova os modos do Terrain Response, que programa parâmetros do veículo, como regime de rotação das trocas de marchas, motor, suspensão e tração de acordo com o terreno.
Já no asfalto o carro mostrou disposição tanto para acelerar quanto para contornar curvas. Mérito do motor 2.0, que combina o uso de turbocompressor, injeção direta de combustível e sistema de abertura variável das válvulas para render 240 cavalos de potência e 34,6 kgfm de torque. Em conjunto com a transmissão automática de seis marchas, ele faz o Evoque acelerar de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, segundo a fábrica. Já o comportamento dinâmico é garantido pela tração integral, pela suspensão firme e pelas rodas nas extremidades da carroceria, o que ajuda a melhorar a dirigibilidade.
A julgar pela impressão inicial, o Evoque se mostrou uma grata surpresa. Gostoso de dirigir, bem equipado e com preço competitivo, ele tem tudo para se dar bem no mercado mundial, assim como no Brasil. O design marcante do carro é do tipo "ame ou odeie". Por enquanto uma coisa é certa: é impossível passar despercebido a bordo do Evoque. Até mesmo na Inglaterra, berço dos Land Rover, onde o carro colecionou pescoços torcidos por onde passou.
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