Versão Privilège ajuda Sandero a ficar entre os 10 mais
Vendas da versão top Privilège ajuda o Renault Sandero a frequentar o top do ranking no Brasil
Na época da reestilização, em maio deste ano, o Sandero já havia se consolidado como um modelo bom de vendas. Sozinho, ele respondia por 43% de todos os Renault comercializados no Brasil. As mudanças melhoraram diversos aspectos, como a ergonomia interna e o visual, e amenizaram o ar insosso da primeira fase do hatch. Depois deste “tapa”, inspirada nos Renault europeus, o Sandero subiu nas vendas, passou do patamar dos 6 mil para os 8 mil carros por mês e entrou de vez no ranking dos dez modelos mais vendidos no Brasil. No acumulado do ano até novembro, o hatch ocupa exatamante a décima colocação no mercado, com 74.398 unidades emplacadas.
O Sandero foi apresentado no Brasil em dezembro de 2007 e foi o primeiro Renault da história lançado fora da Europa – ele chegou por lá como Dacia Sandero seis meses depois. O carro usa a plataforma do sedã Logan e se encaixa entre os hatches chamados “hi-roof” – teto alto –, segmento em que atuam Agile e Fox. Com o face-lift, a Renault redistribuiu as versões do seu modelo. E a topo de linha, Privilège, virou uma das mais atraentes da gama, já que incorpora de série itens importantes. Com câmbio manual, ela é recebe o motor 1.6 8V de 95 cv e vem equipada com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico e sistema de som com conexões bluetooth e USB por R$ 40.690. Os únicos opcionais são airbags frontais e freios ABS, que adicionam mais R$ 2.500 ao conjunto.
A versão top completa fica exatos R$ 2.400 mais cara que a intermediária Expression com todos os opcionais disponíveis. Por essa diferença, a Privilège traz a mais vidros elétricos traseiros, rodas de liga leve aro 15, computador de bordo, faróis de neblina e conexão Bluetooth e para i-Pod no equipamento de som. O Chevrolet Agile correspondente, o LTZ, já traz airbags e ABS de série na linha 2012, e tem valor de R$ 43.435, semelhante ao Sandero com o pack segurança, que sai a R$ 43.190. Já o Volkswagen Fox vai a elevados R$ 47.605 na versão 1.6 Prime com equipamentos equivalentes ao Sandero Privilège completo.
Apesar de ser a versão com o preço mais elevado, a boa relação custo/benefício faz com que a Privilège responda por 30% das vendas do hatch da Renault – que tem preços a partir de R$ 28.890. Destes 30%, um terço é da versão automática – que, além do câmbio de quatro marchas, é equipado com o propulsor 1.6 16V de 105/109 cv e custa R$ 3.500 adicionais. Os outros dois terços, algo em torno de 1.500 unidades por mês, são da versão testada. O que mostra que, além de ser bom de vendas, o Sandero consegue oferecer uma boa rentabilidade para a marca francesa no Brasil.
Ponto a Ponto
Desempenho – O 1.6 8V Hi-Torque é eficiente e capaz de empurrar o Sandero sem muito embaraço. Entretanto, com etanol no tanque, o propulsor fica áspero em rotações mais altas, ainda que não interfira muito na experiência ao guiar. O motor é elástico e entrega boa dose de força logo em regimes baixos de rotações. Nota 7.
Estabilidade – Nenhuma surpresa ao volante do Sandero. As curvas são contornadas com segurança e os excessos se traduzem em escapadas de frente típicas de carros com tração dianteira. Nota 8
Interatividade – A mudança no interior fez muito bem ao modelo e o dia a dia foi facilitado pela melhor localização dos comandos. A operação dos vidros elétricos nas portas facilita a vida, mas ainda falta função um toque e até mesmo iluminação nos botões, difíceis de encontrar no escuro. O computador de bordo exibe as informações básicas como consumo médio e instantâneo, autonomia e tempo de viagem. O sistema de som foi melhorado e agora conta com conexões USB, i-Pod e Bluetooth para celulares, com comando satélite na coluna de direção. Nota 8.
Consumo – Segundo o computador de bordo, o 1.6 8V consome 8,2 km/l com etanol em ciclo misto. A Renault não forneceu o modelo para que o InMetro avaliasse o consumo. Nota 7.
Conforto – Um dos pontos altos do Sandero é o espaço interno, mas os bancos planos e com pouco apoio para as pernas dos ocupantes da frente tornam o carro cansativo. O espaço para a cabeça é bom em todos os assentos e ninguém deve reclamar de aperto. O compromisso da suspensão entre conforto e estabilidade é bem equilibrado. Por outro lado, a direção e os pedais pesados jogam contra o conforto. Nota 7.
Tecnologia – A plataforma B-zero é recente – de 2005 – e tem diversas aplicações além do Sandero, como os Logan, Duster e até o Nissan Tiida. A versão Privilège tem bons recursos de conectividade, mas o 1.6 8V já sente o peso da idade – só de Brasil, são mais de 10 anos. Desde então recebeu poucas melhorias, como a tecnologia Flex. Airbag e ABS são oferecido somente como opcionais e a construção do modelo não oferece bons níveis de segurança. O modelo não foi fornecido para teste pelo Latin NCap, mas o Dacia Sandero, vendido na Europa, ficou com apenas três estrelas, em cinco possíveis, no Euro NCap, entre os piores da categoria. Nota 5.
Habitabilidade – Todos os ocupantes tem fácil acesso ao interior pelo bom vão de abertura das portas, além de espaço para as pernas e cabeças. Para um hatch com proposta familiar, como é o caso de um “hi-roof”, faltam porta-trecos no interior. As malas vão bem acomodadas nos 320 litros de capacidade do porta-malas. Nota 7.
Acabamento – O Sandero evoluiu, mas a qualidade dos plásticos ainda indica o baixo custo de construção. O revestimento do freio-de-mão é muito pobre e nem mesmo a versão Privilège conta com tecido mais nobres no revestimento dos bancos. Os encaixes são corretos, mas havia muitas rebarbas nas bordas dos painéis de porta. Entre os concorrentes diretos, Fox e Agile, é o que tem pior acabamento. Nota 5.
Design – As mudanças sofridas em maio desse ano deram ao Sandero uma cara mais agradável e atualizada. Apesar das mudanças terem se concentrado apenas na frente, que ganhou traços dos Renault europeus, foram um sopro de novidade para o hatch que padecia de um visual pouco instigante, ainda que carismático. Nota 7.
Custo/Benefício – Ponto alto do Sandero Privilège, que traz bom conteúdo e espaço por um preço muitas vezes inferior aos oponentes. Os R$ 40.690 pedidos pelo modelo básico são pertinentes com a extensa lista de equipamentos de série. Nota 8.
Total – O Sandero Privilège somou 69 pontos em 100 possíveis.
Primeiras impressões
Som sem fúria
A não ser por um melhor isolamento acústico, não parece faltar nada à versão topo do Sandero. Todos os equipamentos mais desejados estão ali: ar-condicionado, direção hidráulica, um bom aparelho de som e muito espaço interno. As mudanças no interior melhoraram muito a convivência com o carro, que logo se torna familiar ao motorista. Os botões ganharam um aspecto mais robusto – os antigos comandos do ar-condicionado pareciam de brinquedo – e a migração dos comandos dos vidros para as portas facilita um bocado a utilização. É boa a dotação de equipamentos de série, mas airbags e ABS ainda são opcionais.
No entanto, o som do motor, que invade o habitáculo sem maiores cerimônias, vira um companheiro de viagem pouco agradável. O isolamento acústico deixa a desejar. O propulsor 1.6 8V se faz muito presente acima de 3.500 rpm, o que torna o carro um tanto cansativo na estrada em velocidades de cruzeiro em torno de 110 km/h. A posição de dirigir também cansa. Não há muitas regulagens e é difícil encarar trajetos muito demorados. O ajuste de altura do volante não colabora muito, por ser apenas em altura e ter curso de movimentação limitado. O próprio volante é fino e nem o revestimento em couro da versão Privilège melhora a empunhadura.
O câmbio, além de bem escalonado, tem engates macios, mas não são dos mais precisos. O motor 1.6 8V dá conta do recado e empurra o Sandero com agilidade, mas fica muito áspero acima de 3 mil rpm, o que diminui consideravelmente o prazer ao dirigir. Pelo menos os bons 14,1 kgfm de torque aparecem logo nas 2.850 rpm, e não é necessário escalar para regimes mais altos para obter um desempenho condizente. A boa rigidez torcional e o ajuste equilibrado de suspensões fazem o Sandero lidar bem com as imperfeições dos pisos. A boa altura do solo garante passagens facilitadas por valetas ou quebra-molas e o comportamento dinâmico agrada no geral. Apenas no limite há uma tendência a sair de frente, mas facilmente corrigível. Se não chega a ser um carro divertido, também não desagrada. Mas é no consumo onde o 1.6 8V se destaca. Não foi difícil atingir médias superiores a 8 km/l com etanol, o que indica o bom ajuste da injeção ao combustível vegetal.
Ficha técnica
Renault Sandero Privilège 1.6 8V
Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.
Potência máxima: 95 cv a 5.250 rpm com etanol e 92 cv a 5.250 rpm com gasolina.
Torque máximo: 14,1 kgfm a 2.850 rpm com etanol e 13,7 kgfm a 2.850 rpm com gasolina.
Diâmetro e curso: 79,5 mm X 80,5 mm. Taxa de compressão: 9,5:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com triângulo inferior, amortecedores hidráulicos telescópicos com molas helicoidais. Traseira com rodas semi-independentes, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos verticais com barra estabilizadora. Não possui controle eletrônico de estabilidade.
Freios: Discos sólidos na frente e tambores atrás. Oferece ABS como opcional.
Pneus: 185/65 R15.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,01 metros de comprimento, 1,74 m de largura, 1,52 m de altura e 2,59 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais como opcional.
Peso: 1.055 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 320 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: São José dos Pinhais, Paraná.
Lançamento no Brasil: 2007.
Reestilização: 2011.
Itens de série: Ar-condicionado, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth com comandos na coluna de direção, banco do motorista com regulagem de altura, direção hidráulica, regulagem de altura do volante, trio elétrico, banco traseiro bipartido, computador de bordo, tomada 12V, rodas de liga leve de 15 polegadas e faróis de neblina.
Preço inicial: R$ 40.690.
Opcionais: Pintura metálica, airbags frontais e freios ABS.
Preço completo: R$ 44.150.
Na época da reestilização, em maio deste ano, o Sandero já havia se consolidado como um modelo bom de vendas. Sozinho, ele respondia por 43% de todos os Renault comercializados no Brasil. As mudanças melhoraram diversos aspectos, como a ergonomia interna e o visual, e amenizaram o ar insosso da primeira fase do hatch. Depois deste “tapa”, inspirada nos Renault europeus, o Sandero subiu nas vendas, passou do patamar dos 6 mil para os 8 mil carros por mês e entrou de vez no ranking dos dez modelos mais vendidos no Brasil. No acumulado do ano até novembro, o hatch ocupa exatamante a décima colocação no mercado, com 74.398 unidades emplacadas.
O Sandero foi apresentado no Brasil em dezembro de 2007 e foi o primeiro Renault da história lançado fora da Europa – ele chegou por lá como Dacia Sandero seis meses depois. O carro usa a plataforma do sedã Logan e se encaixa entre os hatches chamados “hi-roof” – teto alto –, segmento em que atuam Agile e Fox. Com o face-lift, a Renault redistribuiu as versões do seu modelo. E a topo de linha, Privilège, virou uma das mais atraentes da gama, já que incorpora de série itens importantes. Com câmbio manual, ela é recebe o motor 1.6 8V de 95 cv e vem equipada com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico e sistema de som com conexões bluetooth e USB por R$ 40.690. Os únicos opcionais são airbags frontais e freios ABS, que adicionam mais R$ 2.500 ao conjunto.
A versão top completa fica exatos R$ 2.400 mais cara que a intermediária Expression com todos os opcionais disponíveis. Por essa diferença, a Privilège traz a mais vidros elétricos traseiros, rodas de liga leve aro 15, computador de bordo, faróis de neblina e conexão Bluetooth e para i-Pod no equipamento de som. O Chevrolet Agile correspondente, o LTZ, já traz airbags e ABS de série na linha 2012, e tem valor de R$ 43.435, semelhante ao Sandero com o pack segurança, que sai a R$ 43.190. Já o Volkswagen Fox vai a elevados R$ 47.605 na versão 1.6 Prime com equipamentos equivalentes ao Sandero Privilège completo.
Apesar de ser a versão com o preço mais elevado, a boa relação custo/benefício faz com que a Privilège responda por 30% das vendas do hatch da Renault – que tem preços a partir de R$ 28.890. Destes 30%, um terço é da versão automática – que, além do câmbio de quatro marchas, é equipado com o propulsor 1.6 16V de 105/109 cv e custa R$ 3.500 adicionais. Os outros dois terços, algo em torno de 1.500 unidades por mês, são da versão testada. O que mostra que, além de ser bom de vendas, o Sandero consegue oferecer uma boa rentabilidade para a marca francesa no Brasil.
Ponto a Ponto
Desempenho – O 1.6 8V Hi-Torque é eficiente e capaz de empurrar o Sandero sem muito embaraço. Entretanto, com etanol no tanque, o propulsor fica áspero em rotações mais altas, ainda que não interfira muito na experiência ao guiar. O motor é elástico e entrega boa dose de força logo em regimes baixos de rotações. Nota 7.
Estabilidade – Nenhuma surpresa ao volante do Sandero. As curvas são contornadas com segurança e os excessos se traduzem em escapadas de frente típicas de carros com tração dianteira. Nota 8
Interatividade – A mudança no interior fez muito bem ao modelo e o dia a dia foi facilitado pela melhor localização dos comandos. A operação dos vidros elétricos nas portas facilita a vida, mas ainda falta função um toque e até mesmo iluminação nos botões, difíceis de encontrar no escuro. O computador de bordo exibe as informações básicas como consumo médio e instantâneo, autonomia e tempo de viagem. O sistema de som foi melhorado e agora conta com conexões USB, i-Pod e Bluetooth para celulares, com comando satélite na coluna de direção. Nota 8.
Consumo – Segundo o computador de bordo, o 1.6 8V consome 8,2 km/l com etanol em ciclo misto. A Renault não forneceu o modelo para que o InMetro avaliasse o consumo. Nota 7.
Conforto – Um dos pontos altos do Sandero é o espaço interno, mas os bancos planos e com pouco apoio para as pernas dos ocupantes da frente tornam o carro cansativo. O espaço para a cabeça é bom em todos os assentos e ninguém deve reclamar de aperto. O compromisso da suspensão entre conforto e estabilidade é bem equilibrado. Por outro lado, a direção e os pedais pesados jogam contra o conforto. Nota 7.
Tecnologia – A plataforma B-zero é recente – de 2005 – e tem diversas aplicações além do Sandero, como os Logan, Duster e até o Nissan Tiida. A versão Privilège tem bons recursos de conectividade, mas o 1.6 8V já sente o peso da idade – só de Brasil, são mais de 10 anos. Desde então recebeu poucas melhorias, como a tecnologia Flex. Airbag e ABS são oferecido somente como opcionais e a construção do modelo não oferece bons níveis de segurança. O modelo não foi fornecido para teste pelo Latin NCap, mas o Dacia Sandero, vendido na Europa, ficou com apenas três estrelas, em cinco possíveis, no Euro NCap, entre os piores da categoria. Nota 5.
Habitabilidade – Todos os ocupantes tem fácil acesso ao interior pelo bom vão de abertura das portas, além de espaço para as pernas e cabeças. Para um hatch com proposta familiar, como é o caso de um “hi-roof”, faltam porta-trecos no interior. As malas vão bem acomodadas nos 320 litros de capacidade do porta-malas. Nota 7.
Acabamento – O Sandero evoluiu, mas a qualidade dos plásticos ainda indica o baixo custo de construção. O revestimento do freio-de-mão é muito pobre e nem mesmo a versão Privilège conta com tecido mais nobres no revestimento dos bancos. Os encaixes são corretos, mas havia muitas rebarbas nas bordas dos painéis de porta. Entre os concorrentes diretos, Fox e Agile, é o que tem pior acabamento. Nota 5.
Design – As mudanças sofridas em maio desse ano deram ao Sandero uma cara mais agradável e atualizada. Apesar das mudanças terem se concentrado apenas na frente, que ganhou traços dos Renault europeus, foram um sopro de novidade para o hatch que padecia de um visual pouco instigante, ainda que carismático. Nota 7.
Custo/Benefício – Ponto alto do Sandero Privilège, que traz bom conteúdo e espaço por um preço muitas vezes inferior aos oponentes. Os R$ 40.690 pedidos pelo modelo básico são pertinentes com a extensa lista de equipamentos de série. Nota 8.
Total – O Sandero Privilège somou 69 pontos em 100 possíveis.
Primeiras impressões
Som sem fúria
A não ser por um melhor isolamento acústico, não parece faltar nada à versão topo do Sandero. Todos os equipamentos mais desejados estão ali: ar-condicionado, direção hidráulica, um bom aparelho de som e muito espaço interno. As mudanças no interior melhoraram muito a convivência com o carro, que logo se torna familiar ao motorista. Os botões ganharam um aspecto mais robusto – os antigos comandos do ar-condicionado pareciam de brinquedo – e a migração dos comandos dos vidros para as portas facilita um bocado a utilização. É boa a dotação de equipamentos de série, mas airbags e ABS ainda são opcionais.
No entanto, o som do motor, que invade o habitáculo sem maiores cerimônias, vira um companheiro de viagem pouco agradável. O isolamento acústico deixa a desejar. O propulsor 1.6 8V se faz muito presente acima de 3.500 rpm, o que torna o carro um tanto cansativo na estrada em velocidades de cruzeiro em torno de 110 km/h. A posição de dirigir também cansa. Não há muitas regulagens e é difícil encarar trajetos muito demorados. O ajuste de altura do volante não colabora muito, por ser apenas em altura e ter curso de movimentação limitado. O próprio volante é fino e nem o revestimento em couro da versão Privilège melhora a empunhadura.
O câmbio, além de bem escalonado, tem engates macios, mas não são dos mais precisos. O motor 1.6 8V dá conta do recado e empurra o Sandero com agilidade, mas fica muito áspero acima de 3 mil rpm, o que diminui consideravelmente o prazer ao dirigir. Pelo menos os bons 14,1 kgfm de torque aparecem logo nas 2.850 rpm, e não é necessário escalar para regimes mais altos para obter um desempenho condizente. A boa rigidez torcional e o ajuste equilibrado de suspensões fazem o Sandero lidar bem com as imperfeições dos pisos. A boa altura do solo garante passagens facilitadas por valetas ou quebra-molas e o comportamento dinâmico agrada no geral. Apenas no limite há uma tendência a sair de frente, mas facilmente corrigível. Se não chega a ser um carro divertido, também não desagrada. Mas é no consumo onde o 1.6 8V se destaca. Não foi difícil atingir médias superiores a 8 km/l com etanol, o que indica o bom ajuste da injeção ao combustível vegetal.
Ficha técnica
Renault Sandero Privilège 1.6 8V
Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.
Potência máxima: 95 cv a 5.250 rpm com etanol e 92 cv a 5.250 rpm com gasolina.
Torque máximo: 14,1 kgfm a 2.850 rpm com etanol e 13,7 kgfm a 2.850 rpm com gasolina.
Diâmetro e curso: 79,5 mm X 80,5 mm. Taxa de compressão: 9,5:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com triângulo inferior, amortecedores hidráulicos telescópicos com molas helicoidais. Traseira com rodas semi-independentes, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos verticais com barra estabilizadora. Não possui controle eletrônico de estabilidade.
Freios: Discos sólidos na frente e tambores atrás. Oferece ABS como opcional.
Pneus: 185/65 R15.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,01 metros de comprimento, 1,74 m de largura, 1,52 m de altura e 2,59 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais como opcional.
Peso: 1.055 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 320 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: São José dos Pinhais, Paraná.
Lançamento no Brasil: 2007.
Reestilização: 2011.
Itens de série: Ar-condicionado, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth com comandos na coluna de direção, banco do motorista com regulagem de altura, direção hidráulica, regulagem de altura do volante, trio elétrico, banco traseiro bipartido, computador de bordo, tomada 12V, rodas de liga leve de 15 polegadas e faróis de neblina.
Preço inicial: R$ 40.690.
Opcionais: Pintura metálica, airbags frontais e freios ABS.
Preço completo: R$ 44.150.
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